Usina solar flutuante
Por meio de uma inovadora iniciativa do Ministério de Minas e Energia do Brasil, está em seguimento o primeiro projeto-piloto de exploração de energia solar em lagos de usinas hidrelétricas com o uso de flutuadores, iniciado no começo do mês de março. O uso da superfície das áreas de água represadas para a produção hidrelétrica é o primeiro do mundo, e um lago da Usina Hidrelétrica de Balbina, no Amazonas, foi o escolhido para a instalação do teste. Quase não se ouve falar nessa Usina, que produz muito pouco, sendo um projeto combatido desde seu início: organizações ambientalistas afirmavam que sua construção destruiria fauna e flora, deslocaria tribos e populações ribeirinhas, causando imenso impacto na região em comparação ao pouco proveito que teria.
Balbina: lago gigantesco, com impactos ambientais e pouca energia gerada
Diante do cenário atual, em que se concretizou o previsto, uma alternativa foi utilizar um dos lagos da Usina como superfície produtora de energia elétrica que será recolhida pelas subestações e transmitida pelas linhas de transmissão das usinas.
Segundo o ministro de Minas e Energia Eduardo Braga em reportagem à EBC:
“Aqui em Balbina é um caso bastante típico porque nós temos uma subestação que poderia estar transmitindo algo como 250 MW. Hoje, usa apenas 50 MW. Portanto, há 200 MW de ociosidade, que vamos poder suplementar com energia solar, com custo muito reduzido, fazendo com que tenhamos eficiência energética, segurança energética, melhor gestão hídrica dentro dos nossos reservatórios e ao mesmo tempo baratear a energia para que a tarifa de energia elétrica seja mais barata em nosso país”.
A princípio, o projeto-piloto gerará 1 megawatt (MW) de energia e, a partir de outubro de 2017, prevê-se sua ampliação para até 5 MW, o suficiente para abastecer 9 mil casas. Após estes estudos, de acordo com Eduardo Braga, o gia solar, que poderiam abastecer 540 mil residências. Mais do que seria capaz de gerar a substação de Balbina onde o projeto está locado.
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